Em princípio, temos que considerar que é difícil determinar hora certa para a criança dormir, pois a família se organiza de acordo com sua rotina e suas necessidades, as quais devem compatibilizar-se com as necessidades da criança, para que se garanta um número saudável de horas de sono, variável conforme a idade.

Vale ressaltar que sono é fundamental para o desenvolvimento dos pequenos, pois atividades essenciais como regeneração de células e ativação do hormônio do crescimento devem operar nessa condição.

As intensas e variadas atividades das crianças podem levar muitas delas a sentirem sono em horário não planejado pela família. Umas sinalizam que precisam descansar. Outras, especialmente com mais de cinco anos, mesmo cansadas, insistem em desfrutar da companhia dos familiares. Ou seja, “brigam” com o sono como se costuma dizer. Nessas situações, o tipo de atitude dos pais pode fazer uma grande diferença.

Os atos que antecedem ao sono devem ser mais tranquilos, propiciando o relaxamento. Coisas como muita movimentação física, televisão e jogos eletrônicos são estressantes, podendo deixar a criança agitada e com medo.

Banho é relaxante. Conversar, falando e ouvindo. Algumas crianças gostam de ouvir estórias, outras de lê-las. Algumas, dependendo da personalidade, preferem recolher-se a sós. De qualquer forma, a ideia é que entendam o momento de se recolher e adormecer, preparando-se para outro dia.

Uma providência de enorme importância é a criação de uma rotina. E rotina se cria com repetição de atos. A criança com atos e fatos que conhece, sente-se mais segura.

A criação de rotinas costuma encontrar resistência pela criança, muito comum protestos com choro e birra, mas os pais devem manter firmeza em suas posições exigindo respeito às normas familiares.

Jantar mais cedo é bom. Criança de colo deve ir se desvinculando para dormir, pois quando o faz nessa condição vai se adaptando a dormir em seu próprio leito.

Outra prática muito comum é permitir que filhos durmam na cama do casal, o que não é saudável para os pais e muito menos para a criança. Isso pode acontecer em decorrência de medo, como um pesadelo, por exemplo, e pode tornar-se um hábito difícil de mudar. Para lidar com essas situações, é indicado encorajá-la, com extrema sensibilidade, a permanecer em seu próprio quarto.

Crianças normalmente tem medo do escuro, mas luz acesa altera a produção do hormônio melatonina, indutor de sono. Diante desta situação, procurar na criança, sempre com muita sensibilidade, os motivos da insegurança, expondo à mesma algumas razões para acabar o temor. Deixar no máximo uma tomada de luz baixa, para iluminar caminho, no caso de despertar noturno. O melhor, porém, são as luzes apagadas.

TV ligada também gera efeitos negativos, com emissões de som e luzes.  Alimentação durante a madrugada também prejudica o sono da criança.

Pesquisas apontam que aproximadamente nove entre dez crianças não dormem o horário ideal recomendado, que vai de doze a dezesseis horas por dia no primeiro ano de vida até oito a dez horas na adolescência, numa escala decrescente.

Outros problemas como pesadelos constantes, enurese, etc. podem estar relacionados a motivos diversos, entre os quais o horário de dormir.

Então, se esse é o caso em sua família, a terapia poderá ajudar a entender esses motivos. Com essa assistência e orientação de vocês (pais) é possível modificar essa realidade.

Para maiores informações sobre acompanhamento psicológico infantil e para orientações de pais entre em contato com Simone Ottoni (CRP 06/119232) – Whatsapp (11) 95756-7194